Posto de escuta - II
Tom Waits
“The piano has been drinking … not me.”
A ideia de fazer um post sobre Tom Waits surgiu-me num jantar com uns amigos cá da casa, na “Veneza portuguesa”, pois para minha surpresa, a música de fundo no restaurante cujo nome não recordo (ajuda-me, João Pedro), era do músico /compositor /encenador /actor americano.
Nunca antes tinha ouvido Tom Waits num local público, para não falar das rádios. Sempre considerei a escuta do seu trabalho com algo de intimista e não partilhável, até porque não havia muita gente com quem partilhar Tom Waits.
Apesar de, na generalidade, aquelas que consideramos ser as nossas preferências musicais tenderem a evoluir com o passar dos tempos, no meu caso algumas dessas preferências são transversais a essa evolução. Waits é um desses casos. Desde os primeiros álbuns como o Closing Time (1973) ou o Small Change ( 1976), de onde retirei a citação acima, de um tom mais piano-bar e ortodoxo até aos mais experimentais onde Tom Waits, em sentido contrário da corrente que procura sons mais elaborados e electrónicos, procura retirar sons de objectos bizarros, construindo mesmo “instrumentos musicais” a partir de canos ou outros estranhos objectos com sonoridades surpreendentes, mas sempre com a sua inconfundível voz que tresanda a whisky.
Nunca consegui dissociar a música que ouço das letras, das estórias que nos contam essas músicas, e nesse sentido Tom Waits sempre me encheu as medidas, quer sejam as Soldier’s Things ou o texto delirante de Frank’s Wild Years (ambos de Swordfishtrombones,1987).
” …Had a little Chihuahua named Carlos that had some kind of skin disease and was totally blind (…) Never could stand that dog”
LPC
Nunca antes tinha ouvido Tom Waits num local público, para não falar das rádios. Sempre considerei a escuta do seu trabalho com algo de intimista e não partilhável, até porque não havia muita gente com quem partilhar Tom Waits.
Apesar de, na generalidade, aquelas que consideramos ser as nossas preferências musicais tenderem a evoluir com o passar dos tempos, no meu caso algumas dessas preferências são transversais a essa evolução. Waits é um desses casos. Desde os primeiros álbuns como o Closing Time (1973) ou o Small Change ( 1976), de onde retirei a citação acima, de um tom mais piano-bar e ortodoxo até aos mais experimentais onde Tom Waits, em sentido contrário da corrente que procura sons mais elaborados e electrónicos, procura retirar sons de objectos bizarros, construindo mesmo “instrumentos musicais” a partir de canos ou outros estranhos objectos com sonoridades surpreendentes, mas sempre com a sua inconfundível voz que tresanda a whisky.
Nunca consegui dissociar a música que ouço das letras, das estórias que nos contam essas músicas, e nesse sentido Tom Waits sempre me encheu as medidas, quer sejam as Soldier’s Things ou o texto delirante de Frank’s Wild Years (ambos de Swordfishtrombones,1987).
” …Had a little Chihuahua named Carlos that had some kind of skin disease and was totally blind (…) Never could stand that dog”
LPC
2 Comments:
A sua voz, diria, cavernosa é única, espectacular, diferente.
Mas ao mesmo tempo é muito afinada.
Gosto muito de uma música do Blood Money, que é God´s away on business.
E tu que aprecias as letras, é ouvir com atenção.
Para o meu nível de Inglês a traduçaõ é muito, muito díficil. Quase impossivel.
Fica a mensagem que é compreensível e muitas vezes oportuna.
Grande Abraço.
By
gelsenkirchen, at 12:54 da manhã
Centenário (passe a publicidade). Abraço. JPD
By
Joao Pedro Dias, at 4:03 da manhã
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